26 setembro 2006

Invasão de quê?

Um bom dia, boa tarde, boa noite pra você (dependendo da hora que você esteja lendo).

Como não poderia deixar de ser, vamos falar do assunto do momento: CICARELLI DANDO O RÁDIO!!! Mas eu nem quero falar sobre a polêmica desse vídeo, o sucesso que ele fez ou coisa do tipo. Eu quero é perguntar uma coisa: alguém acha REALMENTE, DE VERDADE VERDADEIRA, DO FUNDO DO CORAÇÃO, que ela tem o direito de processar youtube, Globo.com, iG, por danos morais, materiais, alegando invasão de privacidade? Tenho conversado com alguns amigos a respeito. Um deles disse que ela estaria no pleno direito de fazê-lo. Essa afirmação dele foi um pouco sem argumentos consistentes. Ele disse apenas que ela deve estar se sentindo constrangida e incomodada, por estar sendo exposta de tal forma, e isso seria motivo suficiente para ela se achar no direito de evocar esse direito. Eu tenho lá minhas dúvidas.

Acredito eu que a partir do momento em que ela está em local PÚBLICO (uma praia, onde circulavam muitas pessoas, inclusive crianças) e faz algo do tipo, acredito que ela perde todo o direito de reivindicar que sua privacidade foi invadida, pois é exatamente o contrário, ela que foi violentamente invasiva e desrespeitosa em relação a quem estava na praia. E nem venham me dizer que o que ela fez foi dentro da água, porque eu digo o seguinte: as preliminares foram muito mais agressivas do que o ato sendo consumado, ou não? Acho que ela deveria, antes de mais nada, ter sossegado um pouco aquela piriquita e ter ido para um motel dos mais caros (afinal, ela tem dinheiro até pra comprar uma ilha só pra ela trepar o resto da vida, em cima do coqueiro, dentro dos matos, na casinha de sapê, etc.), pois ela não é tão inocente (não é mesmo) a ponto de acreditar que numa praia PÚBLICA ela poderia ter feito o que fez e achar que não seria, no mínimo, bisbilhotada. Está na chuva é pra se molhar, Cicarelli!!! Deveria ter atentado para as conseqüências disso, antes de vir se achar no direito de reivindicar alguma coisa. Agora me diz só.. ela quer processar somente essa galera? Porque ela não processa, então, todo o mundo que disponibilizou, divulgou, repassou, comentou esse vídeo (creio que o comentário mais ameno a respeito dela foi o do sugestivo nome de “rapariga”). Garanto que ela ficaria trilhardária se ganhasse todos esses processos, em tribunais de todo o planeta. Tenta Cicarelli? Quem sabe você consegue, né? E aí, depois de ficar mais cheia da grana ainda, sua honra voltará a ser imaculada e impoluta, né não? hahahahahaha.. E eu digo às criancinhas: façam isso EM CASA (ou no motel), viu?

......

E o Hugo Chávez, hein? Sou fã desse cara. É o Chefe de Estado mais desaforado que tem. Tá cagando e andando pros conservadores, pras elites, pra burguesia, pros direitistas, capitalistas, pros outros governos que pensam diferente. Não mede as palavras quando o assunto é emitir opiniões sem a diplomacia protocolar.































Semana passada, na ONU, em discurso, disse que George DJIABO Bush é um demônio e que o púlpito ainda estava cheirando a enxofre exalado pelo presidente ianque (Bush esteve lá na véspera).

E dia desses (mesmo apoiando as decisões bolivianas a respeito da Petrobrás, ou seja, que lascam o Brasil) disse que a sede da ONU deveria ser transferida de Nova Iorque para Brasília (fonte: JC, 25 de setembro de 2006, página9).

O bicho é doido mesmo!

.....

poeminha novo, meio por acaso, para uma linda pessoa (é bem simples, tá?):

PARA LELÊ


lê-ver-
lê-te
lê-é
lê-tão
lê-lindo,
lê-me
lê-traz
lê-sonhos
lê-de
lê-felicidade
lê-e
lê-alegria

ler-te,
de cima abaixo,
de fora adentro,
e por dentro da alma,
é tão bela poesia

essa moça sorri
do tamanho de tudo
e colore esse mundo
com as cores do dia.

(ouvindo Menina rica, by Samba de Coco Raízes de Arcorverde)

20 setembro 2006

Faça!































De acordo com o dicionário Houaiss:

fazer
acepções:

■ verbo 1 produzir através de determinada ação; realizar, obrar transitivo direto

(...)

2 realizar (algo abstrato) transitivo direto e bitransitivo

(...)


Esses são apenas dois significados que a palavra fazer simboliza. Entre tantas outras acepções descritas nos dicionários da vida, gostaria eu de ousar dizer o que vem a ser, de acordo com o que o penso, o sentido de fazer.

O ato de fazer algo não implica necessariamente, e no(s) sentido(s) estrito(s), apenas a ação em si e por si só.

Fazer envolve escolhas, reflexões ou impulsividade, consciência ou pleno desconhecimento, vontade própria ou obrigação, cálculo prévio ou riscos incalculados, mobilização ou acaso, motivação, algumas vezes ousadia e rebeldia, segurança e insegurança, paixão, controle absoluto e descontrole total, necessidade ou capricho, condições favoráveis de atuação, apoio ou desaprovação, etc e tal.

Ou seja, o ato de realizar algo, um gesto, uma escolha, uma atitude, um empreendimento envolve uma série de fatores, muito harmônicos e tantos outros díspares, que se confrontam antes, durante e depois do fazer em si. Fazer algo envolve, algumas vezes, o simples desejo de fazê-lo, de colocar em prática, de realizar uma vontade. Porém, também envolve uma vastidão de conflitos e questionamentos, pelo simples fato de que um simples fazer algo pode nos afetar a vida (em vários âmbitos) e a vida de tantos outros.

O ideal seria que, no mínimo, nós soubéssemos equilibrar a razão e a emoção no momento de uma escolha. Porém, seres humanos imperfeitos que somos, sempre pendemos parcialmente ou totalmente para um único lado. Não sei se isso é bom ou ruim. Bom pelo fato de que acaba nos ensinando a exercitar a nossa capacidade de empreendimento e posterior reflexão acerca das vantagens e desvantagens que aquela atitude acarretou, e de poder, então, buscando o equilíbrio, saber dosar as quantidades de amor e de razão que devem conter cada passo. E ruim pelo fato de que esse aprendizado nem sempre é absorvido de forma agradável. Muitas vezes (e na maioria dela) envolve grande sofrimento, dor e cobranças, tanto suas quanto, principalmente, dos que o cercam.

Há coisas que quero fazer.
Há coisas que dizem que eu devo fazer.
Há coisas que preciso fazer.
Há coisas que amo fazer.

Eu tenho o defeito (ou a virtude) de sempre pender para o lado do amor. Faço as coisas que me apaixonam, que me movem, que me dão sentido, realização e existência nesse mundo. E é justamente por isso que ando tendo uma série de crises, de conflitos, de angústias nos últimos tempos.

Ter feito jornalismo = profissão convencional, “rentável” (isso no pensamento de nossos pais, que acreditam que o cara se forma e vai direto pra Rede Globo, apresentar o Jornal Nacional). Temos que ter um diploma, né? Essa é uma obrigação e uma prestação de contas que devemos dar aos nossos educadores, nossos formadores e à nossa sociedade, tão vil, hipócrita e desrespeitosa com a nossa condição humana.

Fazer um mestrado = ampliação do meu campo de conhecimento. Aprender, conhecer, saber, pesquisar. Isso me interessa. Isso me faz bem. Porém, dentro dessa realidade: aprender mais. Muitas vezes levam para a melhoria das possibilidades de engendrar no mercado de trabalho (o acadêmico, no caso).

Ter que fazer um concurso público = ganhar dinheiro. Necessidade de sobrevivência. Sustento. Única e exclusivamente. É preciso (?).

Música = necessidade para a vida. Alimento. Alma. Dança cósmica. Felicidade. Prazer. Realização como ser humano. É isso que quero, que preciso, que amo. Porém, qual o respaldo que nossa família dá? Digo família de classe média-média, provinciana, machista, que tem uma “ovelha negra” entre si; família que se interessa e acredita ser apenas o essencial dar “casa, comida e plano de saúde” para os seus, e quer perpetuar essa pensamento pequeno-burguês por tantas outras gerações, não se importando com a real necessidade que este seu precisa para ter alegria de viver. Não digo a família classe média altíssima, que dá todos os subsídios para que os seus vivam de música sem se preocupar com cobranças ou com um futuro amargo.

Escrita = é o mesmo caso que a música. Só que ainda num campo mais restrito de ampliação da sua possibilidade de gerar ganhos com essa atividade. Mas me alimenta com a mesma intensidade que a música. É através dela que atravesso-me por completo, deixando vestígios indeléveis desse mundo em mim, e de mim no mundo, tocando, pesando a mão e o poder da alma e do coração no meu próprio pensamento e no de tantos outros. O poder da linguagem é o que nos (in)traduz nesse mundo tão estranho.

Abrir a guarda pelo sentimento que nutre por uma mulher = nesse caso, é um dos mais complicados “fazeres”, pois você se deixa levar ingenuamente pela possibilidade de que um dia essa relação seja recíproca, de que te trará felicidade. Quase nunca é assim, e você se fere, se deixa ficar ridículo, idiota, imbecil, fraco. Seria muito mais fácil que sentimentos tivessem bula, tudo escrito e descrito. Mas quem disse que sentir é fácil? E fico triste.

Morar só = as coisas se encaminham inevitavelmente dessa forma. Como ter condições psicológicas, emocionais, financeiras para isso quando você se recusou a fazer tudo o que lhe daria retorno financeiro para arriscar-se na vida a querer e tentar fazer o que te move, o que te alimenta de amor e felicidade?

Afinal, fazer também é se arriscar.
Viver é se arriscar. E eu prefiro fazer isso com amor.


(ouvindo Quilombo/Tiro de Misericórdia/Escadas da Penha – by Acústico MTV João Bosco)

11 setembro 2006

Ferver é preciso!

Próximos que estamos dos 100 anos do frevo (a completar-se no dia 9 de fevereiro de 2007), os festejos são muitos, as expectativas também, e os projetos em torno do mais genuíno ritmo pernambucano não deixam por menos.

Na próxima quinta (14/09), estréia no Teatro Apolo o espetáculo FERVO, da jornalista e bailarina Valéria Vicente. Um projeto de pesquisa e dança que revisita o frevo em suas origens e faz suas conexões com o presente, porém, abordando-o a partir de um viés nunca antes explorado: a violência no/do frevo. Calma! Não se assustem. O espetáculo não vai fazer uma esculhambação nem reclamar que o frevo é violento ou coisa do tipo. O lance é que se voltarmos no tempo, às origens do ritmo, iremos tomar conhecimento de que a dança e os seus primeiros passos começaram a surgir através do embate entre os capoeiras (os negros) e a polícia, no século XIX. A capoeira, que era misto de luta e dança, era utilizada nesse embate dos negros ao fugirem da polícia. Ou seja, o frevo teve seu nascedouro nessa espécie de tensão social urbana.

O espetáculo retoma o passado constantemente para remeter ao presente, observando as suas influências e características marcantes nesses tempos de hoje. Tanto que há cenas representando rodas de pogo no Galo da Madrugada, ou até mesmo um boneco sendo espancado, linchado, pelos bailarinos. Não é exatamente um espetáculo convencional. Ou seja, não esperem encontrar uma profusão de cores ou de sombrinhas saracoteando pra lá e pra cá, ao som de Vassourinhas. Os bailarinos vestem preto, branco e cinza e a expressão do corpo ao delinear essa violência, essa força, essa pancada, é que conduzirá a tônica do espetáculo.

E para um espetáculo “não-convencional”, a trilha sonora também não deveria ser nada clichê ou lugar-comum. Ao contrário, essa constante conexão entre passado e presente, (vislumbrando o futuro a partir do que se constrói hoje), tradição e (pós)modernidade, típica dos nossos tempos e da nossa veia pulsante de povo antropofágico e criativo, não deveria ter um acompanhamento musical melhor: O coletivo DERRUBAJAZZ.


O DERRUBAJAZZ é uma invenção dos “buliçosos” Silvério Pessoa e Yuri Queiroga. Os dois músicos resolveram se juntar para, a partir de um aparato eletrônico, (re)criar o orgânico, lançando mão dele também para compor suas músicas, ou, como queiram entender melhor, suas astúcias musicais (ou seja, além dos elementos eletrônicos, podemos ouvir instrumentos como bandolins, cellos, cavaquinhos, percussões, violões, etc.). E eu digo “buliçosos” porque todos já sabem, por exemplo, da aptidão do moço Silvério Pessoa para a deglutição e reprocessamento da nossa singularidade nordestina (seja via frevo, forró, coco, embolada, etc) através da tecnologia presente em tempos que dão ao nosso sotaque um ar cada vez mais cibernético, cosmopolita, sem que seja preciso, no entanto, “desfincar” as raízes do chão.

Já o moço Yuri Queiroga, jovem músico e produtor, astucioso e inteligente, é o parceiro de Silvério no DERRUBAJAZZ e na concepção e produção da trilha sonora do espetáculo FERVO.

Com apenas 19 anos, Yuri já tem profícua participação e colaboração na música que se produz aqui em Pernambuco. Além de participar, como produtor, na concepção de faixas de diversos projetos e coletâneas com os mais variados artistas, como músico ele acompanhou (e ainda acompanha alguns deles) Ortinho, Josildo Sá, Lula Queiroga, o próprio Silvério Pessoa, e também fez parte da minha saudosa banda Chocalhos e Badalos (ê, saudade..). Participou numa das faixas da trilha do filme A pessoa é para o que nasce (acompanhando Lenine), além de outras trilhas para documentários. Em participações, deu uma chegada nos discos de China, André Rio, San B, e está participando da produção do próximo disco de Lula Queiroga, Tudo Enzima (isso é apenas um resumo enxutíssimo, pois o currículo do rapaz é extenso).


























Dia desses, conversando via MSN, Yuri me contou como foi o processo de criação da trilha sonora do espetáculo FERVO. No bate-papo, eu sou viLa Nova, L. http://umacaixinhadecoisas.blogspot.com e Yuri é Tudo de mais tem limite (CONDE)

Aí vão trechos da nossa conversa:

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
as músicas do derrubajazz tão prontas.

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
jajá a gente tá indo buscar

viLa Nova, L. http://umacaixinhadecoisas.blogspot.com diz:
são quantas (faixas)?

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
10

viLa Nova, L. http://umacaixinhadecoisas.blogspot.com diz:
mas vcs fizeram como? desenvolveram temas? pegaram músicas que já existiam? ou fizeram composições novas?

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
composições novas

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
baseadas nos ensaios que a gente assistiu

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
a maioria instrumental

viLa Nova, L. http://umacaixinhadecoisas.blogspot.com diz:
se vcs viram os ensaios para criar as músicas.. então, esses ensaios eram como, se ainda não tinha música?

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
eles usavam outras músicas

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
tipo de antônio nóbrega, uma batida de macumba lá

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
e tinha coisas que eles faziam no silêncio e a gente teve a sacada de botar trilha

viLa Nova, L. http://umacaixinhadecoisas.blogspot.com diz:
e tinham as coreografias já prontinhas, né?

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
mais ou menos

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
é tudo meio improvisado

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
é experimental

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
só uma música que eles usavam é que continuamos usando

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
que foi MEXE COM TUDO da spokfrevo (SpokFrevo Orquestra)

viLa Nova, L. http://umacaixinhadecoisas.blogspot.com diz:
mas aí, nesse caso, vocês recriaram a música ou mantiveram a original?

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
a original

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
só essa

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
e nem foi ela inteira

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
foi só um pedaço

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
o resto foi tudo criado

viLa Nova, L. http://umacaixinhadecoisas.blogspot.com diz:
esse processo durou, no total, quanto tempo? (contando aí desde o primeiro dia acompanhando os ensaios até hoje, em que a trilha estará pronta).

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
uns dois meses

viLa Nova, L. http://umacaixinhadecoisas.blogspot.com diz:
vocês criaram as músicas já observando os ensaios? já anotavam de lá as idéias? ou foi TUDO feito no estúdio?

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
anotávamos de lá

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
filmamos dois ensaios

viLa Nova, L. http://umacaixinhadecoisas.blogspot.com diz:
e assistiram às filmagens juntos, pra poder ir observando e revendo mais atentamente determinadas partes, pra ir desenvolvendo, né isso?

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
é

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
tem uma valsa que silvério compôs no meio do ensaio

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
enquanto ia filmando e os dançarinos desenvolviam os passos (esses em silêncio) silvério cantou a melodia de uma valsa na gravação da câmera

viLa Nova, L. http://umacaixinhadecoisas.blogspot.com diz:
e o desenvolvimento dos elementos eletrônicos das músicas foi feito no estúdio ou alguém já começou a criar algo em casa?

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
no estúdio, eu fiz algumas coisas antes e já levei prontas pro estúdio.

viLa Nova, L. http://umacaixinhadecoisas.blogspot.com diz:
então me conta como foi pra você essa experiência peculiar de trabalhar como músico e produtor já de uma trilha sonora de um espetáculo de pesquisa/dança.. você que é um cara novo e tal.. e já ter essas responsabilidades musicais nas mãos.. o que você tirou dessa experiência?

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
eu sempre quis trabalhar com isso, nunca me dediquei a um instrumento só, e sempre me dediquei a ouvir o conjunto todo, daí vi que queria mesmo ser produtor, esse convite pra fazer essa trilha soou pra mim também como um prêmio de tudo que eu vinha pesquisando ouvindo e estudando pra exercer a profissão de produtor musical

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
tirei muita coisa dessa experiência, sempre aprendo muito, e pela primeira vez fiz dez faixas de uma mesma produção, até então só tinha feito coisas pequenas, como uma ou duas faixas pra coletâneas

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
e foi legal também trabalhar com outros músicos, (pra) cada um tenho (um) jeito melhor de se produzir, pro cara se soltar mais e tal..

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
e com silvério também, que tem idéias ótimas, é um bom matador de charadas das músicas

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
adorei trabalhar assim com ele

viLa Nova, L. http://umacaixinhadecoisas.blogspot.com diz:
ele tem o fieling apurado de produtor, né?

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
é

Tudo de mais tem limite (CONDE) diz:
ele adivinha fácil o que tava faltando nas músicas

viLa Nova, L. http://umacaixinhadecoisas.blogspot.com diz:
ok, meu filho.

viLa Nova, L. http://umacaixinhadecoisas.blogspot.com diz:
é isso aê!!!!

...

Yuri também me contou que as faixas serão disponibilizadas para o público em geral (provalmente, via internet).

Além de Silvério Pessoa e Yuri Queiroga, participaram das gravações da trilha sonora do espetáculo FERVO os músicos Maíra Macedo (bambolim), Elias Paulino (cavaquinho), André Julião (acordeom), Israel Silva (baixo), Renato Bandeira (violão), Eduardo Braga (guitarra), Fabiano Menezez (violoncelo), Pi-R (piano e efeitos), Wilson Farias (percussão) e Luís Carlos (percussão).

O espetáculo, que estréia nessa quinta (14/09), poderá ser visto todas as quintas e sextas, até o dia 29 deste mês.

Agora, é só ir conferir:

ESPETÁCULO FERVO (com trilha sonora do coletivo DERRUBA JAZZ)
De 14 a 29 de setembro de 2006 quintas - 20h / sextas - 21h
Teatro Apolo – rua do Apolo, n.º 121 – Bairro de Recife

Preço: R$ 10,00 (inteira) – R$ 5,00 (estudante)

09 setembro 2006

Cê transfigura?



Há tempos que ando meio ausente da caixinha. Por “n” motivos: preguiça acho que foi o principal deles. Dei-me o direito da preguiça de escrever.. hehehehehe.. afinal, ninguém quer saber o tempo todo o que eu ando pensando, né? Então, entramos num acordo tácito. Fechado!

Além disso, nessa última semana e meia foi que se manifestou uma imensidão de coisas, de viver muito mais o mundo. Coisas mil pra pensar, fazer, chorar, sorrir, curtir. Aí, nem tive tempo direito de raciocinar e materializar (ou digitalizar) em letras as coisas que estavam se passando.

Mas adianto que teremos coisas boas por aí: muita música e poesia pro meu povo. Projetos que darão seu pontapé inicial a partir de agora. A semeadura começa daqui a pouco.. a colheita virá ano que vem. Depois conto mais.

Enquanto isso, vamos de informação:

O Cordel do Fogo Encantado está lançando novo CD, que se chama Transfiguração. O terceiro álbum da banda (produzido por Carlos Eduardo Miranda), segundo confirma o vocalista, Lirinha, vem ponteado por um maior apuro no aspecto melódico das canções, diminuindo um pouco o peso da percussão, assim como da conseqüente utilização da forte presença da umbanda nas letras e também da marcante característica de poesias recitadas. As canções (literalmente “cantadas”) ganham maior destaque.


Partindo disso, os instrumentistas (como o violonista Clayton Barros, por exemplo) ganharam uma maior liberdade para a utilização de instrumentos antes nunca utilizados no som da banda, como um órgão Hammond.

Em Recife, o Cordel faz show de lançamento do CD Transfiguração no dia 6 de outubro, no Clube Português.

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Caetano Veloso também vem de CD novo. é o nome do 40.º disco do baiano. Com 12 músicas inéditas, tem como mote estético o rock. É rock mesmo. No estado de espírito que o rock sugere. A princípio, Caetano tinha como projeto, além de gravar um disco só de sambas inéditos de sua autoria, também unir-se ao guitarrista Pedro Sá para gravar um disco heterônimo, no qual ele teria a voz modificada, pra não ser reconhecido como CAETANO VELOSO (algo meio Gorilazz). Mas aí, ambos os projetos acabaram não se concretizando, e tudo virou “rocha”.

O cantor e compositor também fala que nunca esteve tão satisfeito com o resultado de um disco seu, tanto no acabamento do CD como com a impressão a respeito da voz dele, gravada.

(que foi produzido por Moreno Veloso e Pedro Sá) é um disco enxuto (com apenas bateria, guitarra e baixo – além de um pequena participação de um teclado), que traz à tona um Caetano cada mais pessoal e impessoal.

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Eu tentei colocar o link das matérias que saíram no JC sobre os discos supracitados, mas como é conteúdo exclusivo pra assinantes da UOL, exigia login e senha. Eu ainda não sei como burlar estas coisas, pra poder mantê-los melhor informados. Desculpem-me!!! Mas se não houver problema para as pessoas lerem, posso postá-las (as matérias) no corpo do texto posteriormente, ok?

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VOVÓ, VENHA VER: NÃO QUERO SER BUROCRÁTICO!!!

“... um pouco de sol, de ar...”

(ouvindo Arrête là, Menina – by Cibelle e Seu Jorge)