19 agosto 2008

o sádico e satânico jazz do marquês johnny depp

Para aqueles que se espantaram com o título da postagem:

Neste domingo, eu recebi, sob a égide da maravilhosa Marília de Amorim (mais conhecida como Mari) a honraria de ser intitulado líder do mais novo movimento musical que vai revolucionar os ouvidos da cidade do Recife: o satan-jazz!!!




Calma! Calma! Calminha! (almas minhas). Isso nada tem a ver com música satânica ou coisa do gênero. Foi apenas uma brincadeira que se deu na madrugada do dia 16 de agosto (sábado último), em pleno Quintal do Rossi Love, Olinda.

Numa singela noite, regada a cerveja, depois de ter tocado na Calourada mais atrasada de todos os tempos (a de Arquitetura, no CAC, que iria começar às 17h e só iniciou seus trabalhos às 20h30); Depois ainda de uma passagem pelo Garagem, eis que fui parar naquele ambiente lúdico, que é o Quintal do Rossi Love (quando vejo aquelas meia-luzes “iluminando” aquele cubículo, onde pessoas dançam numa deliciosa movimentação extasiante, só me vêm um puteiro à cabeça).

Lá, observando uma parte onde há diversos vinis pregados colados nas paredes, vi uma, duas, acho que até três fotos de discos de músicos do jazz, em plena ação: tocando trompetes, num sopro tãããããão instigado, que suas bochechas inchavam de uma forma absurda (igual a essa imagem do Dizzy Gillespie).

Impressionadíssimo com aquilo, resolvi bater uma foto de mim mesmo, tentando chegar ao ápice da elasticidade muscular, inchando as bochechas que nem esses grandes músicos.

E eis que saiu esse feito aqui:



Ao ver a foto, fiquei assustado com o que vi. Mostrei a Mari, dizendo assim: “Mari. Olha só o SATANÁS!!!” Ela riu copiosamente e começamos a anunciar aos 4 ventos: “É o SATAN-JAZZ!!!”
E eis que foi a plantada a semente dessa brincadeira.

Se eu fosse dar uma definição pra isso, para o que viria a ser o Satan-Jazz, pegaria emprestadas umas expressões da própria Mari, misturaria ao momento e ao ambiente em que aquilo surgiu, às minhas próprias definições de diversão, prazer, e lembraria até de Raul Seixas, com sua Sociedade Alternativa e quando dizia que o “diabo é o pai do rock”.

Na realidade, o diabo (o anjo mais lindo que Deus haveria criado) é o pai de todas as coisas carnais, de todos os prazeres mundanos, anti-celestiais, da bebida, do sexo, do delicioso caos que há no rodar, rodar, rodar e deixar-se cair nas graças da despretensão de ser feliz. Ele também é natureza, no sentido de que, sem hipocrisia alguma em dizer isso, ele está presente em quase tudo que nós, seres humanos, desejamos fazer e sentir mas que a Igreja nos recrimina. Ele seria uma outra face da moeda na qual, do outro lado, encontramos Deus e toda a culpa cristã, edificada em nossos corações e mentes através das instituições religiosas. A outra face da MESMA moeda.

Portanto, o diabo é o pai do rock, é o pai do jazz, é o pai da libido, da diversão, do prazer, da carne, e, junto a Deus (seu irmão gêmeo – ou o seu Pai compreensivo e libertador) é o pai da criação, do estímulo à criação em momentos como esses, onde a bebida impera e a felicidade em encontrar pessoas bacanas se faz presente e verdadeira.

Aqui, nada de apologia ao satanismo. Mas à liberdade da vida, da criação, do jazz, do amor e do prazer, e também da brincadeira.

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Mostrando um poema meu à mocinha Priscila (que conheci em Garanhuns, e que vim rever, bem rapidamente, também no dia tal Calourada), perguntei o que ela achava. Entre outras coisas, ela me disse:

Prisci. diz (00:19):
hummm
Prisci. diz (00:20):
parecia o marquês de sade. me lembrei dele.

Depois, ela complementa:

Prisci. diz (00:21):
mas foi a primeira coisa que veio na cabeça, depois o lindo do johnny depp.
Prisci. diz (00:21):
HAHAHAHAH
Prisci. diz (00:21):
Tbm não sei pq.

Vou escrever um poema em homenagem a Johnny Depp, ao estilo dos contos do Marquês de Sade. Crueldade libidinosa, hein? Será que meu poema é tão belo, porém, não tão puro? Ou será que dentro do escrevo essa coisa da beleza caminha equiparada à dor que o prazer também pode provocar?

São esses estímulos à libido feminina, cada qual ao seu modo, Marquês de Sade e/ou Johnny Depp.

Viva a poesia de Vila Nova!!!

E tenho dito (modesto, né?)

=P