03 fevereiro 2007

tuntz tuntz



Quem viu, viu. Quem não viu, só tenho a lamentar.

O show do “garoto gordo” levou cerca de 100 mil pessoas ao Marco Zero. Por volta das 20h já se via uma grande quantidade de gente chegando no local. Confesso que, inicialmente, fiquei meio temeroso, pela quantidade de “malas” que estavam circulando. Mas, ao mesmo tempo, muitíssimos PMs também transitavam pelo local, o que garantiu um clima de maior tranqüilidade, pois sabíamos que a segurança estava muito bem reforçada. E, realmente, nenhum incidente ocorreu, a noite e a madrugada transcorreram na maior tranqüilidade.

Fiquei de cara com a quantidade de gente presente no Marco Zero. Circular pelo Bairro do Recife era um transtorno, certas horas até impraticável. Mas a impressão que me deu é que quanto mais gente ia chegando mais intenso era o clima de alegria, de festa, de congraçamento, pois estavam todos ali com um único propósito: se divertir ao som do DJ inglês Norman Cook, o Fatboy Slim.

O evento foi maravilhoso. O Marco Zero virou uma grande pista de dança (sei muito bem que em todos os jornais isso já foi dito, mas é a mais pura realidade). Um cenário bonito de se ver, uma rave no ambiente mais lúdico de nossa cidade, e de graça. Tudo conspirava a favor de uma bela noite.

Fatboy não decepcionou. O som do inglês animou a todos, que esperavam ansiosos pela apresentação. Nem mesmo o “apagão” de quase 1 hora durante a sua apresentação, por conta de um problema num gerador, foi capaz de quebrar o clima. Acredito até que deu um charme maior, porque, resolvido o problema, Fatboy voltou triunfante ao palco e continuou a ferver o Marco Zero.

Eu, que não sou freqüentador de boates, nem sou um ouvinte assíduo de música eletrônica (conhecia o trabalho de Fatboy Slim mais pelos clipes do que exatamente pelos discos), adorei o evento, e acho que a Prefeitura deveria fazer mais festas como essa, pelo menos uma vez no ano, uma rave no Marco Zero. Adorei, adorei, adorei. E vou até avaliar a possibilidade de ir a uma boate, pra ver se a sensação é a mesma que tive nessa última quinta, 1.º de fevereiro, uma quinta memorável.

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Vamos à feira?

Nesta semana que entra, de 7 a 11 de fevereiro, Recife terá a honra de receber a Feira Música Brasil.

Uma feira de negócios totalmente voltada ao mercado de música brasileira. Artistas, produtores, empresários, gente ligada à música de todos os cantos do Brasil e do mundo estarão em Recife, participando de rodada de negócios, palestras, debates, shows, com o fim de capacitar, integrar e estruturar todo um mercado de música voltado tanto para o mercado brasileiro como estrangeiro.

Na programação de shows, a diversidade é marca registrada. Apresentações no Marco Zero, Teatro de Santa Isabel e na Praça do Arsenal prometem agitar a cidade nessa próxima semana. Dentro da programação, a comemoração do aniversário de 100 anos do Frevo, com um baita festão. Vamos às atrações:

MARCO ZERO

07/02 (quarta-feira) – das 21h até 1h

Bongar

Clube do Balanço

Edvaldo Santana

Sandra de Sá


08/02 (quinta-feira) – das 21h até 1h

Isaar

Silvério Pessoa

Rita Ribeiro

Gabriel O Pensador


09/02 (sexta-feira – DIA DO FREVO) – das 20h até 1h

Chegada do arrastão de frevo com Antonio nóbrega e agremiações de frevo.

Show com Gilberto Gil, Alceu Valença, Lenine, Geraldo Azevedo, Luiz Melodia, Elba Ramalho, Maria Rita, Ney Matogrosso, Vanessa da Mata, Nena Queiroga, Claudionor Germano e Geraldo Maia.

Show da banda A Troça, com a cena musical de Pernambuco cantando frevo: Lula Queiroga, Spok, Silvério Pessoa, Canibal, Siba, Maciel Salú, Fred 04, Ortinho, Edilza, Pedro Quental (RJ), Rogerman e outros.


10/02 (sábado) – das 20h até 1h

Casuarina

Osvaldinho da Cuíca

Nelson Sargento

Mart´nália


11/02 (domingo) – das 19h às 23h

Encontro do forró: Azulão, Biliu de Campina, Maciel Melo, Xangai Moraes Moreira


TEATRO DE SANTA ISABEL

08/02 (quinta-feira) – das 20h às 23h

Quinteto Villa–Lobos

Arthur de Faria

Zé Meneses


09/02 (sexta-feira) – das 19h às 22h

Pianorquestra

Tira Poeira

Banda Paralela


10/02 (sábado) – das 20h às 23h

Lanny Gordin

Oswaldinho do Acordeon

Raul de Souza

11/02 (domingo) – das 20h às 23h

Antonio Nóbrega


PRAÇA DO ARSENAL

08/02 (quinta-feira) – das 20h às 0h30

Coletivo Radio Cipó

Deize Tigrona

Z’África Brasil

Axel Kryeger (ESP)


09/02 (sexta-feira) – das 19h às 23h

Cabruêra

Autoramas

Otto

La Kinky Beat


10/02 (sábado) – das 20h às 0h30

Axial

Vulgue Tostói

Bossacucanova

Nation Beat + Maracatu Nação Estrela Brilhante

Anis

01 fevereiro 2007

Buenas, buenas, buenas, happy, happy, happy!



Saudações efusivas a todos!!!

Como alguns devem ter percebido, este blog andou hibernando durante 1 mês. Mas, agora, a caixinha volta do seu recesso de Verão.

Resolvi, de forma premeditada, não postar nada durante todo o mês de janeiro, por dois motivos:

1) pra ver até onde iria a minha sensação de obrigação de estar aqui postando coisas quase que constantemente pra que as pessoas leiam;

2) a fim de perceber se o blog chega a fazer alguma falta para quem lê.

E cheguei às seguintes conclusões:

R-1) Gosto muito de escrever nesse blog. Sinto-me bem. Considero que seja um lugar onde estou muito adequado. É uma vazão necessária a mim. E mais ainda porque não me sinto OBRIGADO a escrever nele. Passei o mês de janeiro tranqüilo, desobrigado. Só vim pensar mais nele na última semana. Isso é bom. Liberdade, tranqüilidade.

R-2) Ele não faz tanta falta assim para os outros. Apenas umas duas pessoas comentaram que sentiam falta de ler o que eu escrevo.

Mas, sinceramente, vou continuar escrevendo. Sei que tem gente que lê, assim como tem gente que não lê. E graças a Deus que eu não sou nenhuma unanimidade, não pretendo ser uma e sinto-me confortável com o fato de não sê-la. Bem.. é isso.

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rec beat 2007

Anteontem, o produtor Antônio Gutierrez, o Gutie, anunciou a programação do Rec Beat 2007, a ser realizado no Cais da Alfândega, entre os dias 17 e 20 de fevereiro.

Este ano, em sua 12.ª edição, o festival homenageia o cantor e compositor Chico Science, falecido há 10 anos, completos amanhã, 2 de fevereiro. Nada mais justo prestar tal homenagem àquele que o principal artífice e articulador de todo uma movimentação em torno da revigoração da música contemporânea de Pernambuco. E se temos uma cidade que conseguiu se tornar um grande pólo produtor de cultura popular, pós-moderna e vanguardista, um grande liqüidificador de sons e idéias (apesar de não ainda não possuir subsídios suficientes nem atenção da iniciativa privada para investir em tal potencilialidade), grande parte deve-se a Francisco de Assis França.

O Rec Beat, mais uma vez retoma a linha-mestra que compõe o critério de escolha dos artistas escalados: primou pelo ineditismo e a pela capacidade de reunir em 4 dias atrações das mais diversas vertentes musicais.

É sempre no Rec-Beat que se renova meu instinto de curiosidade em relação ao que se faz de legal no país hoje em dia.

Aí vai a programação:

17/02 [sábado]

19h30 DJ Big & Confluência (PE)
20h30 Erasto Vasconcelos (PE)
21h30 Digital Groove (PE)
22h30 Supergalo (DF)
23h30 Zeferina Bomba (PB)
00h30 Z’Africa Brasil (SP)


18/02 [domingo]

16h30 Concentração do bloco Quanta Ladeira
20h30 Canja Rave (RS)
21h30 Rivotrill (PE)
23h00 Isca de Polícia (SP)
00h15 Digitaria (MG)
01h20 Bonde do Rolê (PR)


19/02 [segunda-feira]

17h00 Recbitinho: Cia Teatro Rasgado “O pequenino grão de areia”
19h30 Mellotrons (PE)
20h30 Vanguart (MT)
21h30 Raies Dança Teatro (SP)
23h00 Mr. Catra (RJ)
00h00 Instituto show Tim Maia Racional (SP)
01h20 Montage (CE)


20/02 [terça-feira]

18h30 Maracatu Nação Cambinda Estrela (PE)
19h30 João do Pife e Banda Dois Irmãos (PE)
20h30 Parafusa & Trombonada (PE)
21h30 Curumin & The Aipins (SP)
23h00 2IN-Par (ESP)
00h00 Macaco Bong (MT)
01h20 Tom Zé (BA)

Ouso aqui, destacar alguns dos artitas que irão se apresentar:

Digital Groove – até que enfim, depois de quase 1 década atuando como coadjuvantes na música pernambucana (participaram da edição 2004 do Rec Beat, com o projeto Refinaria, acompanhados de Silvério Pessoa e Wilson Farias), a dupla Felipe Falcão e Zezão Nóbrega materializam-se como Digital Groove, apresentando show baseado no seu CD de estréia, Rabeca Sanfona e Pife, no qual mesclam a música eletrônica com as intenções e digressões pela música tradicional nordestina.

Zeferina Bomba – os paraibanos que foram destaque do MADA 2003 (mesmo ano de formação da banda) trazem um som incendiário, no qual, através de um violão (simulando uma guitarra), baixo distorcido e bateria, fazem um barulho ensandecido que passeia pelo punk, pós-punk, hardcore, Luiz Gonzaga e Glauber Rocha.

Z’África Brasil – o grupo paulistano, do qual participa Fernandinho Beat Box, traz ao palco do Rec Beat o encontro de duas periferias de tempos distintos e suas identidades musicais: o som africano dos quilombos e o hip hop oriundo das favelas paulistas.

Quanta Ladeira – mais uma vez o bloco composto por Lenine, Lula Queiroga, Silvério Pessoa, Zé da Flauta e convidados se apresenta no Rec Beat com suas paródias divertidíssimas de músicas carnavalescas e de hits do momento. Esse ano promete, o Quanta completa 10 anos de gréia.

Rivotrill – já falei desses moços no post anterior (o último de 2006). O trio de música instrumental formado por Eluizo Jr. (flauta transversal, saxofone e teclados), Rafael Duarte (contrabaixo) e Lucas dos Prazeres (percussão) apresentará o excelente espetáculo Curva de Vento (cujo show de estréia foi na Casa da Maloca, no último dia 19). Excelentes músicos, fantástica performance, incrível manifestação da beleza que a música tem para ofertar.



Isca de Polícia – a banda de apoio que acompanhava o cantor e compositor paulista Itamar Assumpção (falecido em 2003), vem ao Rec Beat, e contará com as participações da cantora Vange Leonel e de Anelise Assumpção (filha de Itamar).

Bonde do Rolê – o trio curitibano agrega em seu som influências de Alice in Chains e AC/DC, aliadas as batidas do funk carioca. É um negócio meio barrufado, caricato, chamou a atenção de muita gente sem ter muito o que mostrar, mas vale a pena ver pela curiosidade de saber como eles funcionam em palco.

Raies Dança Teatro – O Rec Beat repete a dose do ano passado, com apresentações de grupos cênicos (ano passado foi vez do grupo argentino Yunta Taura, apresentando tangos). Dessa vez, com o Raies Dança Teatro, o ritmo é o flamenco.

Instituto – O grupo de produtores paulistano apresenta show baseado no repertório de Tim Maia em sua fase Racional.

Montage – O grupo cearense faz um som bem interessante, que alguém aí já definiu por aí (ô, sempre os rótulos) como sendo “electropunktecnometal”; mas tal rotulação, realmente, é bem condizente com a música do Montage (que se apresentou ano passado, no Abril pro Rock). Algo que vai de Prodigy, passando por Smashing Pumpkins (devido à semelhança de vocais), The Darkness, pelo aspecto andrógino do vocalista Daniel Peixoto, que chama a atenção pelo visual glam.

Curumin & The Aipins – O músico (também cantor, arranjador e multiinstrumentista) Curumin traz o seu som moderno e cheio de groove e balanço ao Rec beat.

Tom Zé – sem comentários, né? Meu avô, no auge dos seus 70 anos, mostrando mais do que nunca que tem vigor, jovialidade e rebeldia para mais 70 vem abalar as estruturas de Recife novamente, fechando o festival, no último show da terça-feira de carnaval.

Agora, meu povo. É só deixar-se levar e curtir intensamente este carnaval de porvir. Foquem atentos também à programação dos demais pólos espalhados pela cidade, que este ano virão com uma das melhores programações dos últimos tempos.

Nas próximas semanas, mais posts boêmios e/ou carnavalescos.

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E hoje!!! Dia de Fatboy Slim no Marco Zero!!!

Querem saber o que eu acho?

Pois vão ficar querendo..

Só vou emitir minha opinião depois que assistir à sua apresentação, logo mais à noite.

A única coisa que digo é que eu espero que meu corpo conceda a graça de poder dançar tão malemolente e faceiro que nem o Christopher Walken, no clipe Weapon of Choice.



P.S.: Aguardem novidades deste/neste blog..