12 novembro 2007

a cara do cara – 2/3



No fim de 2003 pro começo de 2004, Chocalhos e Badalos gravou o seu CD demo (hoje, a onda é chamar de EP – dá um ar mais profissional, hehehe..), intitulado A Cara do Cara.

Tentamos, à época, pinçar as músicas que poderiam ser as mais representativas diante do universo tão plural pelo qual a banda transitava.

E escolhemos seis (abaixo, seguem os links do rapidshare, pra quem quiser baixar cada uma delas):

Lecoque Cafonê (Juliano Muta/Anderson Loof) -

http://rapidshare.com/files/62834097/01._Chocalhos___Badalos_-_Lecoque_Cafon_.mp3.html


Velho Samba Novo (Juliano Muta) - http://rapidshare.com/files/62835398/02._Chocalhos___Badalos_-_Velho_Samba_Novo.mp3.html

Invocação ao Filho do Trovão (vinheta) (Filipe BB) -
http://rapidshare.com/files/62836067/03._Chocalhos___Badalos_-_Invoca__o_ao_Filho_do_Trov_o__vinheta_.mp3.html

True Vão (Filipe BB) -
http://rapidshare.com/files/62837171/04._Chocalhos___Badalos_-_True_V_o.mp3.html

Mariposa (Leonardo Vila Nova/Juliano Muta) -
http://rapidshare.com/files/70132233/05._Chocalhos___Badalos_-_Mariposa.mp3.html

Pra Onde o Mar se Acaba (ou Pro Outro lado de Lá) (Filipe BB) - http://rapidshare.com/files/62839950/06._Chocalhos___Badalos_-_Pra_Onde_o_Mar_se_Acaba__ou_Pro_Outro_Lado_de_L__.mp3.html

A Cara do Cara teve uma produção que durou cerca de 3 a 4 meses. Foi gravado, mixado e masterizado no estúdio Wozen. Na época, sob a coordenação técnica de Fumato e Thiago Brigídio.

O vídeo abaixo é mais um da nossa participação no programa Som da Sopa (em novembro de 2003). OBS.: O nome da música está errado. O nome correto é Alegria Empoeirada:







Foi um processo muito cuidadoso, esmerado, intenso, por vezes desgastante (pela dedicação diária de horas em estúdio que isso nos exigiu), mas muito recompensador. Isso desde a pré-produção, nos ensaios e na criação das guias na casa de Filipe, até as gravações e a fase posterior, de mixagem, onde lançamos mão de mil e uma mirabolâncias tecnológicas para dar vida às complexas linguagens que queríamos utilizar pra dar vazão às nossas idéias musicais. O resultado foi excelente.

Durante as gravações, as idéias fervilhavam a todo instante. Quanto mais gravávamos, mais coisas iam surgindo pra criar em cima das músicas. Lembro-me, inclusive, das gravações de percussão, que duraram em torno de 11 horas seguidas, que, além do imenso arsenal percussivo que utilizávamos (pandeiros, congas, ganzá, derbak, caracaxás, ilú, alfaia, zabumba, triângulo, moringa, tamborim), contou com elementos um pouco mais improváveis, como palminhas de mão, estalos de dedo, apitos, queixadas e até galão de tinta.

O clima de gravação era bem familiar, com os amigos sempre em volta, colaborando, participando. Em True Vão, contamos com a participação de Yuri Queiroga, na guitarra “etérea”, e de Rafael Duarte, participando do coro. Além disso, era muito divertido ter Fumato como engenheiro de gravação e mixagem, pela figuraça que ele é, sempre brincando, contando piadas, um alto astral só. E também por ser um grande profissional, atencioso, inventivo, instigado. Uma excelência do som.

A capa do CD foi criada por Asaías Lira, o Zaza, também companheiro de diversos shows, entre eles, a trilogia dos “Cantos” (Canto de Ossanha, Canto de Xangô e Canto de Iemanjá, no Teatro Maurício de Nassau) com os experimentos cênicos Marginália Total, Imperfeito e Começo, respectivamente; e também no Festival de Inverno de Garanhuns, em 2003, com a performance (juntamente com Júnior Aguiar), para música A Cara do Cara (Juliano Muta), que abria o show.

Se não me engano, o desenho da capa do foi feito todo em crayon.


Em resumo, um CD que contou com a colaboração dos amigos (além das participações virtuais de Che Guevara e dos emboladores Pardal e Verde Lins), que foi feito com muito amor e carinho, e que registra um pouquinho de nossas vidas e da nossa arte. É esta a cara dos caras.

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